Vasco Martins nasceu em Portugal em 1956. Aos 9 anos, junta-se á
família paterna, na ilha de S.Vicente, Cabo-Verde Com
a idade de 12 anos, começa a aprender piano, e mais tarde, como autodidacta,
guitarra e
composição . Aos 18 anos compõe as primeiras peças para violino solo e para
piano. Integra grupos de rock, música cabo-verdiana de baile e tradicional
e inicia-se
no jazz e música experimental. Faz parte dos grupos «Kuelah Tabanka»
(74) e «Kola» (76) Entre 1979 e 1981 estuda análise e harmonia com o compositor português,
Fernando Lopes Graça. Analisa Bach, Debussy, e sobretudo Bartok. Interessa-se
pela música tradicional de Cabo-Verde de forma etnomusicológica De
1981 a 1984 segue os estudos em Paris, com o compositor e chefe de orquestra
Henri Claude Fantapié. Analisa
Shoenberg , Xenakis, Villa-Lobos , música finlandesa moderna.
Interessa-se por Messiaen , Henri Dutilleux, (analisa Métaboles), Ligeti
, Steve Reich (estuda «música para 18 instrumentos) e Várese(
Arcana). Assiste a uma multitude de concertos, incluindo a estreia de Répons
de Pierre Boulez e outros compositores contemporâneos Compõe, em várias viagens no metro de Paris, «Musique
pour la Terre» para orquestra de cordas, estreada em Noisy le Sec ( revista
dois anos mais tarde) , «Pirâmides»
para órgão, estreada em Paris na Église St Ignace, e reinterpretada em 1998
no «de Doelen», Rotterdam, por Geer Bierlinge, e «Elegia»
para violoncelo, gravada em disco por Teresa Portugal Núncio Escreve
também em
Paris «Quinto Mundo», para
orquestra de câmara, apresentada na Tribuna Internacional da UNESCO em 84 Desde os anos 70, interessa-se pela música electrónica e sintetizadores. Faz
estágios de instr. electrónicos e compra os primeiros instrumentos:
Korg Ms2, Ms10, Ms50, Delta. Produz «Universo
da Ilha» mais tarde
gravado
em disco em Cabo-Verde, de forma artesanal (86) Em
1984 regressa a Cabo-Verde, e inicia o projecto da recolha e tratamento da música
tradicional cabo-verdiana. Estuda e escreve um livro sobre a Morna. Pesquisa a
fundo os outros ritmos de Cabo-Verde. Interessa-se pela música africana
continental, música asiática (gamelang, indiana,tibetana,etc) e em geral, a música
tradicional do planeta. Compõe «Espace
Moda Céu» para piano , uma espécie de improvisação controlada, e «Solsticio»
para flauta , composta na cratera do vulcão do Calhau/S.Vicente. Adapta-se ao
sistema Midi , inicia e grava o projecto South
Bound Music, dedicado aos teclados, com elementos das suas preferências
musicais planetárias, onde prevalece a melodia, ambiências e o sentido rítmico:
«Atlantic Memories», «Quiet
Moments», «Ritual Periférico»,«Eternal
Cycle»,«Island of the Secret Sounds»,
«Sublime Delight», «Kalavinka» Na
música clássica contemporânea, abandona a linguagem pós serialista e
complexa da música europeia, para se dedicar á linguagem tonal ou modal .
Escreve «Para Além da Noite», para
cordas e oboé, orquestração de mornas de B.Léza Também
integra o grupo «Góta d’Ága», e foi um dos fundadores do Festival Baia das
Gatas Compõe
«Danças de Câncer», para
orquestra sinfónica, suite baseada na recolha e análise da música tradicional
de Cabo-Verde(com que participa , em 1993, no Festival 38éme Rugissants, em
Grenoble/França). Escreve «OM»,
para orquestra de câmara , soprano e coro masculino , interpretada pela
orquestra da Gulbenkian em Maio de 89,nos Enc. de M. Contemp.. Compõe «Os
Elementos», dedicada ao Opus Ensemble de Lisboa, com quem edita um disco e
é apresentada na Tribuna Internacional dos Compositores, UNESCO, em 88. «Situações Musicais Triangulares», também para o Opus Ensemble,
é uma encomenda dos Descobrimentos Portugueses. Para as comemorações da Abolição
da Escravatura
em França, compõe «Lágrimas na
Dedica-se
também á guitarra jazz /blues /música cabo-verdiana/fusão, e promove
concertos em trio ou com convidados Produz
a cantora tradicional Herminia (CD «Coraçon
Leve»), com temas originais seus, compõe música para dança (sobretudo
para a coreógrafa portuguesa Clara Andermatt), co-produz o CD «Outras
Indias», com o saxofonista Carlos Martins, escreve «Pessoas em Pessoa» para dois violoncelos e voz ,com poemas de
Fernando Pessoa(cantora Bévinda), grava com Voginha «DÔS» para duas guitarras, e diversifica sistematicamente a sua música
: sinfonias
para orquestra, quarteto de cordas, música para guitarra, temas de jazz, música
new age/ambiance/world, paisagens sonoras, música tradicional de Cabo-Verde,
sons naturais , improvisação pura. Desenvolve o conceito de music
creator , a composição musical sem barreiras nem estéticas impostas, mas
sempre motivada em grande parte pela intuição do gesto musical, com forte
inclinação para uma espécie de poética metafísica Com
o seu Vasco
Martins group(teclados, guitarras, piano/ percussão/baixo/ bateria) propõe
o projecto Kalavinka em concertos (Expo
98-Lisboa, Luanda, Paris, Praia, Festival da Baia Escreveu
dois romances, «A Verdadeira Dimensão», e «Tempos
da Moral moral», dois livros de poemas«Universo
da Ilha», e Cria
também o
projecto
para piano
/ guitarra
acústica
solo, |
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